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Dependência emocional, o que é?

Você consegue tomar decisões que tem desejo, mas sabe que podem magoar as pessoas que são importantes para você?

Nesse post você vai saber o que é dependência emocional, seus principais sinais, como orientar um amigo e um ótimo método para lidar com ela, então fique comigo até o final do texto!

 

O que é dependência emocional?

Quando uma pessoa depende da opinião de outras para tomar suas próprias decisões. Seu apego a quem é importante acaba por ofuscando sua própria liberdade em tomar decisões. Ouvimos acontecer na vida de casal, mas também  pode acontecer nas relações familiares ou de amizade. Quem sofre de dependência emocional acredita simplesmente que não consegue ser feliz sem o convívio de outros, de suas atitudes e do que dizem a ela para se sentir feliz, amada, querida ou realizada.

A Associação de Saúde Mental da América define a dependência emocional como “uma condição emocional e comportamental que afeta a capacidade de um indivíduo de ter um relacionamento mutualmente saudável e satisfatório”.

A dependência emocional é uma carência afetiva excessiva de uma pessoa para outra.  E muitas vezes a pessoa deixa de tomar as próprias decisões para agradar a pessoa que para ela é importante, tendo assim o que chamo de distúrbio de prioridade.

 

Qual a causa, como surge?

As causas da dependência emocional estão associadas ao medo de ser rejeitado, abandonado, culpado, julgado ou excluído. Podem ter origem na infância ou ser consequência de alguma situação traumática. Isso é revelado quando a pessoa depende dos demais para reconhecer suas qualidades e tomar suas decisões.

Na grande maioria, na infância quando os pais são narcisistas ou deprimidos, aumentam a chance que a criança desenvolva uma “necessidade” extra por eles, no intuito de oferecer-lhes um senso de propósito.

Sintomas da dependência emocional (como saber se eu tenho?)

Somente um profissional pode dar um diagnóstico autentico, mas você pode reconhecer alguns sintomas observando em padrões de comportamento que se repetem. Você se identifica com algumas situações abaixo?

  • Não se sentir valorizado ou amado sem a aprovação de pessoas queridas, ou outra(s) pessoa(s);
  • Não confiar em seus próprios sentimentos e precisar de outras pessoas para validá-los;
  • Ter medo do abandono: geralmente concorda com todo mundo, tentando ser perfeito ou se anulando e anulando suas opiniões diante de outra pessoa para evitar que ela te abandone;
  • Medo de ficar sozinho, sentir vazio e não saber o que fazer da vida quando está só;
  • As pessoas dizem com frequência que é carente;
  • Se sentir seguro com relação às suas decisões somente com a aprovação dos outros.
  • Querer estar ligado(a) a todo momento, muitas vezes quando não pode estar presencialmente, quer estar através do celular, internet, ou outro meio de comunicação. Sempre pedindo mais atenção.
  • Não pensar em planos que não envolvam a outra pessoa.
  • Sentimento de insatisfação constante, como se a pessoa dependente nunca se sentisse realizada consigo mesma e precisasse do outro a todo tempo para lhe fazer feliz, o que pode gerar frequentes discussões e conflitos entre todos envolvidos.
  • Ciúme possessivo, tentando afastar o outro do contato com mais pessoas, como amigos e familiares, por insegurança, medo constante de perder o outro, ou, de deixar de ser o centro de tudo para o outro.

Esta é uma lista pequena de afirmações, para que você tenha uma ideia dos sentimentos envolvidos na dependência emocional. Em resumo, você está emocionalmente dependente quando não assume a responsabilidade por seus próprios sentimentos e pela sua própria autoestima, tornando-se assim uma vítima das escolhas dos outros.

Quais são os tipos da dependência emocional?

A dependência emocional pode ser dividida em três tipos:

  • dependência emocional no casal: o tipo mais conhecido de dependência emocional. Quando é evidente a insegurança no casal e uma até mesmo as duas acreditam que precisam sempre estar com a outra para se sentirem felizes. Pelo medo de perder o parceiro e ficar sozinha(o), acaba vivendo a vida do outro e adotando comportamentos prejudiciais como o ciúme excessivo e a submissão.
  • dependência emocional na família: costuma estar ligada a estruturas familiares marcadas pela ansiedade, que acabam sendo repassadas para os filhos. Há carinho e afeto, mas são estruturas que não costumam incentivar a autoconfiança. O núcleo familiar é um refúgio e tudo o que está fora dele é visto como uma ameaça. Filhos seguirem suas vidas sem os pais é algo considerado ruim e os pais buscam se fazerem necessários ou dependentes.
  • dependência emocional no meio social: a necessidade de se sentir valorizado nas relações com os demais, seja no trabalho, com amigos e colegas, de ser aceito em algum grupo, é o que sustenta esse tipo de dependência emocional. A pessoa vai perdendo sua individualidade, seu jeitinho original, vontades, pensamento crítico, opiniões, e passa a agir de forma que considera que o grupo ou essas outras pessoas esperam dela, isso tem um custo de muito sofrimento emocional e de uma progressiva “invisibilidade”.
Qual é a diferença entre dependência emocional e codependência?

A principal diferença entre a dependência emocional e a codependência é que, no caso da codependência, as duas pessoas da relação são dependentes emocionais e não apenas um. Os envolvidos acabam se sentindo presos à relação, mesmo sem querer.

Como ajudar uma pessoa com dependência emocional sendo um amigo?

Se você tem um amigo(a), conhecido(a) ou parente que tenha esses comportamentos, esses sintomas, procure não descarregar seu peso emocional nessa pessoa, nem criticar ou dizer que é frescura.

Apoie, e principalmente incentive essa pessoa a ter um cuidado maior consigo, se colocando em prioridade e buscando ajuda de um profissional que consiga acompanhá-la.  Evite tratar essa pessoa com rótulos, ou vê-la como um ”coitado”. Esse é um momento que ela precisa de autoconfiança, autoestima e não de ser vista como uma coitada sem alternativas, não faça pouco caso.

É bom que essa pessoa faça mais amigos, que veja que existem outras pessoas que as querem bem, incentivando um pensamento de abundância ao invés de escassez. É importante saber abordar o assunto com empatia.

O fundamental é se mostrar como um ponto de apoio que não julga, em que ela pode confiar e mostrando que existem relacionamentos em que a pessoa pode ser como ela realmente é. Como existe a baixa autoestima, é bom falar sobre reafirmar seu potencial.

É preciso incentiva-la a passar por acompanhamento profissional, uma dessas alternativas é a análise corporal, que consegue identificar a causa de dores e conflitos de forma rápida.

 

O que você pode fazer para melhorar isso?

Para superar a dependência emocional, o primeiro passo é reconhecer que ela existe, que se trata de um problema que precisa ser enfrentado.

Entender que o caminho mais claro e fácil para isso é buscando ajuda para sua saúde emocional, um dos meios mais rápidos para isso é através de uma análise corporal, descobrindo de forma mais assertiva a causa dessa dependência. Esse é o meio mais indicado para se iniciar um processo.

Junto com o acompanhamento profissional, existem alguns passos que podem ajudar a melhorar esse processo de conhecimento e cura interior, como:

  • Reconheça seu valor ao trabalhar sua autoestima: concentrando pensamentos positivos sobre si mesmo, percebendo suas realizações bem como suas limitações, acompanhamento profissional é uma forte aliada nesse processo;
  • Faça outras amizades, para instalar um pensamento de abundancia, de acolhimento, e tenha companhia de várias pessoas diferentes.
  • Faça experiências novas, como atividades, hobbies, ações que podem trazer prazer, ocupar pensamentos e trazer um estado de fluir.
  • Aceite suas decisões e enfrente as consequências, perceba que você é capaz de fazer o que é melhor para sua vida;
  • Lembre-se que somente você está no controle de seus sentimentos, emoções e ações;
  • Não planeje sua vida em torno dos outros; perceba que suas necessidades são importantes e você precisa assumir o controle de sua vida, se tornando cada vez mais emocionalmente independente.
  • Busque uma missão pessoal, faça planos para você mesma(o). Ao ir definindo motivos que para você podem ser forças, eles te ajudarão a enfrentar as dificuldades e imprevistos da vida.

Ninguém é totalmente independente, e até mesmo pessoas que aparentam ser “fortes” não são totalmente livres da dependência emocional o quanto imaginam.

Porém, é possível aprender a superar essa sensação desagradável, pelo menos o suficiente para sentir-se melhor.

Desenvolver esse tipo de atitude positiva leva tempo e muita prática. Através de ajuda profissional será possível aprender a procurar por realizações próprias e a ampliar os horizontes, priorizando a sua felicidade apesar de tudo e de todos.

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Douglas Henrique

Douglas Henrique é Terapeuta, um dos raros analistas corporais do mundo, fundador da mentoria Propósito Claro, VAC e autor de 2 livros na área do desenvolvimento humano.